segunda-feira, 16 de março de 2009

Sorrisos do Hospital de Santo António


Dia 14 de Março de 2009, mais uma missão cumprida, cheia de boa disposição e algumas brincadeiras. Este sábado os pais e os meninos de pediatria do Santo António puderam contar com a nossa ajuda para aumentar os níveis de alegria e esperança, no sentido de uma recuperação mais sã e humana.

Como é habitual a nossa visita começou com os mais pequeninos e os mais frágeis - os bebés - onde a maioria do nosso público alvo está a dormir, em quartos individuais para não apanhar nenhuma doença infecto contagiosa. Mesmo através dos vidros conseguimos despertar a atenção de um menino que forçava a sua cabeça pesada para ver quem eram aquelas meninas que sorriam para ele...
Ao continuar a viagem, demos um saltinho de pardal para os bebés crescidos em que o nariz se tornava o fascínio, todos queriam agarrar a bola vermelha que estava no meio da cara daquelas duas meninas tão "fofinhas"! Uma das enfermeiras ajudou-me a cuidar do dói-dói que eu tinha no meu nariz e agora tenho um adesivo enorme... Ainda nos mais pequenitos conseguimos fazer sorrir o N, muito desconfiado, que depois de os pais aparecerem no quarto até veio para o nosso colo; brincamos com o T, que apesar do soninho tinha um tosse que o deixava muito triste e a choramingar; abraçamos a C, ums menina especial com trissomia 21, que cheia de força se encantou pelos nossos cabelos e narizes!
Pé ante pé, passamos ao quarto ao lado onde encontramos a MJ, uma menina muito conversadora que nos apresentou toda a família; a pequenina G, ainda na incubadora, cujos pais pediram uma fotografia para recordar os "palhaços do hospital"; a difícil L, que não estava lá muito pra nos aturar, mas que conseguimos conquistar com uma pequena brincadeira (apesar de ficar a faltar o sorriso).
Voltamos para visitar a A, já bem crescida e por isso mais consciente - estava triste pos estar no hospital - conversámos sobre os hobies dela, fizemos uma brincadeira com as palavras sem m e conseguímos quebrar o gelo. No dim deixámos ficar alguns balões (pulseira, flôr...) e cantámos com ela.
Entretanto apanhamos o T (outro T), debaixo dos lençóis, escondido de nós - foi como jogar à apanhada! Conversámos com a mãe e percebemos que ele estava triste pois tinha sido o único dos amigos a ficar no fim-de-semana (muitos meninos têm alta para passar o fim-de-semana em casa, mas o T não teve essa sorte). Com um canito de balão conseguimos despertar um sorriso no futuro veterinário.
Já só faltavam dois quartos. O penúltimo era o do A, muito bem disposta e estava cheio de gente à volta dele, prestando pouca atenção à nossa conversa. A mãe era a entermediária e até tivemos direito a um comentário muito praseiroso: "Ó mãe, elas são mesmo simpáticas"! Batemos depois na porta ao lado onde estava a J, já a almoçar, o que fez com que não nos demorassemos muito, deixando apenas um gatinho balão a fazer-lhe companhia.

Após duas horas trazíamos para casa algum cansaço físico, mas um sorriso de orelha a orelha. Esperamos que o fim-de-semana tenha sido mais alegre para aquelas famílias, porque para nós foi de certeza :)



Ana Moreira

1 comentário:

Inês disse...

Só tenho duas palavras a dizer:

IÚ-PI.

:D